Pular para o conteúdo

Vacina
da UFPR

Cientistas da Universidade Federal do Paraná (UFPR) utilizam a nanotecnologia para desenvolver uma vacina contra a Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2).  A técnica consiste em produzir nanopartículas que imitam os antígenos do vírus, que ativam o sistema imune contra a doença.

No Brasil, desde o início da pandemia, mais de 600 mil pessoas morreram por complicações da Covid-19 . A letalidade global do vírus é de aproximadamente 2% e não existe, até o momento, nenhum tratamento específico contra a doença. Diante deste cenário, é urgente a necessidade de métodos diagnósticos e de vacinas para combater a Covid-19.

O aparecimento de novas cepas, com maior transmissibilidade e capacidade de afetar o sistema imunológico, reforça a necessidade do desenvolvimento contínuo de novos imunizantes para combater a Covid-19 e suas variantes. Além disso, há grandes chances de que o vírus Sars-CoV-2 permaneça em circulação, o que exigiria a vacinação periódica da população. Se realmente houver essa necessidade, novas formulações vacinais, fórmulas menos agressivas e mais baratas serão importantes.

O objetivo desta campanha é viabilizar a conclusãodos testes pré-clínicos da Vacina da UFPR nos próximos meses, para que seja possível solicitar à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a autorização para o início dos ensaios clínicos, ou seja, com testes em humanos. Uma etapa que vai exigir investimentos maiores e novas parcerias.

Como Funciona

A vacina é composta por nanoesferas de um polímero, biocompatível e biodegradável, recobertas com partes específicas da proteína Spike, que é responsável pela entrada do SARS-Cov 2 nas nossas células. As partículas terão na sua superfície a proteína S, de forma semelhante ao próprio vírus.

As partes escolhidas dessas proteínas são vitais para a infecção viral. Essas nanopartículas funcionarão como um veículo para apresentar ao sistema imune os antígenos do vírus, ou seja, em contato com esse preparo, o sistema imunológico pode desenvolver anticorpos capazes de proteger o organismo contra a Covid-19.

Com essa solução, não é necessário o uso do coronavírus inteiro para a produção da vacina.

Diferenciais da Vacina da UFPR

Fotos: Marcos Solivan (Sucom/UFPR)

“Esta vacina vai ser estratégica e necessária em 2022, em 2023, quem sabe até depois. É uma vacina paranaense, uma vacina de baixíssimo custo, que pode dar as condições no futuro para uma soberania tecnológica, que hoje tem afligido nossa sociedade, com a espera de IFA (ingrediente farmacêutico ativo) da Índia, da China. É uma vacina com um mecanismo tecnológico e imunização que até aqui se demonstrou bastante alvissareira”.

Ricardo Marcelo Fonseca
Reitor da UFPR

Etapas da Vacina